Com as restrições causadas pela pandemia do Covid-19, ficar em casa ou no apartamento quase sem contato com o “mundo exterior” foi necessário, mas dramático. Por isso, hoje, viver melhor está ainda mais relacionado a morar melhor.
A casa, sonho de consumo há muito tempo guardado no peito, acabou se manifestando nessa pandemia. Sair de um ambiente residencial restrito, como muitos apartamentos se apresentam, além de anseio pessoal virou meta de vida.
Viver em casa ganhou uma voz especial quando as pessoas se sentiram enclausuradas e com poucos ambientes para dividir, especialmente no convívio familiar.
Muita gente resolveu apostar na locação de casas para sair dos apartamentos com pouco espaço a fim de reencontrar o sentimento de liberdade com ambientes mais amplos.
Liberdade é tendência imobiliária
Isso se reflete nas tendências imobiliárias que estão se mostrando pelo mundo e há algumas razões que impulsionaram essa tendência, como a independência, já que numa casa você não tem vizinhos de porta e não precisa se incomodar com barulhos e nem ser incomodado.
Uma casa é versátil e é possível buscar nos ambientes o conforto de espaços amplos, bem distribuídos, além da vida ao ar livre, já que as casas possuem, muitas vezes, o quintal – muitas pessoas têm a lembrança desse espaço na infância. Por menor que ele fosse, a criançada achava ali seu reino de faz de conta – num apartamento isso fica bem restrito.
Para o arquiteto, José Luiz Lemos, sócio do escritório aflalo/gasperini, a tendência para o futuro a curto e médio prazo é a de imóveis com espaços “flexíveis” e que se adequem a mais de uma atividade, a fim de atender às diferentes demandas.
Lemos é da terceira geração de sócios do escritório de arquitetura fundado em 1962. Nesses quase 60 anos em atividade, a aflalo/gasperini participou de mais de 1.250 projetos dos mais diversos, que abrangem os setores comercial, de serviços, residencial, hoteleiro, público e social, recreacional e industrial.